terça-feira, 24 de outubro de 2023

 Vejo poesia nas rodas dos carros

no betume gasto das estradas

nos edifícios e espelhos velhos;

Sinto poesia nas árvores, no mato

no solo vermelho,

nas terras de minas vivendo inteiro;

passantes, diamantes e gado leiteiro;

tem gentes de cócoras, de terno, linho e chita

formigas saúvas, córregos corredeiros

pés descalços 

e um monte de artistas verdadeiros;

bem te vi, tesourinhas, andorinhas, joão de barro

tucanos, borboletas e tesouros guardados;

cavernas, cachoeira, cerrado de troncos retorcidos,

minas és, por agora, meu estradeiro;

sertão rodopiando corações sossegados

no ouro, prata, uva e trigueiro


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