Vejo poesia nas rodas dos carros
no betume gasto das estradas
nos edifícios e espelhos velhos;
Sinto poesia nas árvores, no mato
no solo vermelho,
nas terras de minas vivendo inteiro;
passantes, diamantes e gado leiteiro;
tem gentes de cócoras, de terno, linho e chita
formigas saúvas, córregos corredeiros
pés descalços
e um monte de artistas verdadeiros;
bem te vi, tesourinhas, andorinhas, joão de barro
tucanos, borboletas e tesouros guardados;
cavernas, cachoeira, cerrado de troncos retorcidos,
minas és, por agora, meu estradeiro;
sertão rodopiando corações sossegados
no ouro, prata, uva e trigueiro
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