caminhava esperando o dia amanhecer
descalça na calçada rasgada foi pega num tiro no peitocaída no chão via pálida miragem de sol
permanecia envolvida em turbilhões nada dito
uma gota pinga na face
a dor nas costas lembra dos nós da corda
batendo forte nos ombros caídos
alguém grita: Acorda Maria!
respiro acelerada
percebe desavisada foi pega de rasteira
parecia adormecida
rápido levantou
e com a própria mão sangrou o peito
tirando a bala desavisada ilusão
ponto de interrogação
anestesiada saiu calçada com sapato de couro curtido
pelas avenidas de um mundo andarilho
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