quarta-feira, 18 de novembro de 2020


fui ler uma palavra podre
que nasceu na própria verdade de si mesma,
tossi, espirrei 
e ela desapareceu antes da primeira sílaba;

fui ler uma palavra distorcida
interpretada na precipitação da escuridão da noite 
li, reli e nada entendi

fui ler uma palavra abstrata
criada na lógica do plano cartesiano
e desenhei mapas sem descobrir o por que de existir; 

fui ler palavras que saíram do coração,
e nelas bailei por horas, 
com o infinito comunguei, 
percebi mistérios, sorri, chorei e nelas mergulhei,
compreendendo pedacinhos de mim

Nenhum comentário:

Postar um comentário