fui ler uma palavra podre
que nasceu na própria verdade de si mesma,
tossi, espirrei
e ela desapareceu antes da primeira sílaba;
fui ler uma palavra distorcida
fui ler uma palavra abstrata
fui ler palavras que saíram do coração,
e nelas bailei por horas,
fui ler uma palavra distorcida
interpretada na precipitação da escuridão da noite
li, reli e nada entendi
li, reli e nada entendi
fui ler uma palavra abstrata
criada na lógica do plano cartesiano
e desenhei mapas sem descobrir o por que de existir;
e desenhei mapas sem descobrir o por que de existir;
fui ler palavras que saíram do coração,
e nelas bailei por horas,
com o infinito comunguei,
percebi mistérios, sorri, chorei e nelas mergulhei,
compreendendo pedacinhos de mim
percebi mistérios, sorri, chorei e nelas mergulhei,
compreendendo pedacinhos de mim
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